O começo
A Teoria do Big-Bang, diz que houve um tempo em que não existia tempo e em que ainda nem existia espaço, pois o espaço só foi construído milionésimos de segundos depois, mais precisamente num milionésimo, de um milionésimo, de milionésimo, de milionésimo de 1 segundo depois. Mas também não existia tempo, uma vez que o tempo foi criado depois do próprio espaço, uma vez que foi a única altura em que o espaço foi mais rápido que o tempo e a matéria foi mais rápida do que a luz. É o nada total, absoluto.
Na verdade o nada não existe, uma vez que verdadeiramente existe sempre qualquer coisa, mesmo que não seja observado. Se aceitarmos a ideia de um Universo que foi criado espontaneamente, então é lógico acreditar que antes havia o Nada. Mas será mesmo assim?
A Física ainda não provou isso, pois existe a possibilidade de que este Universo tenha origem no fim de um Universo anterior, ou seja, um universo anterior pode ter-se tornado tão pequeno e tão denso que, numa data altura, explodiu tendo assim originado o atual Universo. Então, este universo não surgiu do nada, mas sim de algo que já existia, ou melhor dito surgiu de um tempo já existente e de uma espaço que já existia.
No princípio, esse universo estava tão espremido, que não tinha propriamente tamanho. O embrião do Universo tinha uma dimensão zero. É o que se chama de “singularidade” e além da singularidade a ciência não consegue ainda explicar. O momento em que esse ponto se expandiu ficou conhecido como Big Bang. Na verdade, não existiu um “Bang”, porque a expansão não fez barulho – não existe som no vácuo e na altura nem sequer existia vácuo. Desde então, o Universo expande-se até aos nossos dias.
Todos concordamos que o Universo é algo de infinito, povoado por milhões de galáxias e com mais estrelas do que grãos de areia. Todos esses números que escapam à nossa imaginação, fazem-nos pasmar perante a imensidão do Universo. Mas o que dizer sobre o pensamento de que o Universo é só um de vários universos que se expande provavelmente infinitamente. E se juntarmos isso à Teoria das Cordas, que prevê vários universos dentro um do outro, em outras dimensões? Então as possibilidades são infinitas, inimagináveis, assim como as implicações disso para nós, nomeadamente a nossa própria conceção enquanto espécie e membros de um Universo.
A Igreja reconhece o Big Bang mas foi Deus a gerar a tal grande explosão. Assim, parece ter-se encontrado a solução para tudo, certo?
Errado!
A ciência consegue reconstruir o desenvolvimento do Universo até poucos instantes após a explosão e depois a Física fez o resto, ou seja criou as 5 forças universais e todas as regras da física, da química e da mecânica. Isso significaria que Deus, não fez mais nada para além do Big-Bang e para piorar tudo, por essa linha de pensamento então a Física além de criar tudo, regras como espaço e tempo, criou a natureza e as suas leis e criou as regras com que Deus interage com o Universo.
Mas a explicação cientifica chega a um impasse, pois para explicar o Universo, a ciência esbarrou com algo surpreendente. Fez-se as contas e percebeu-se que faltava algo, aliás faltava muito, mais concretamente 96% da matéria e falta energia. Então onde está toda essa matéria e energia?
Encontrou-se então que ainda não tem uma explicação total e a que se chamou de matéria escura que constitui cerca de 26% do Universo, ou seja, algo que deve estar ali, mas que não se vê e é esse algo que move o Universo e dá ordem a tudo o que existe. Aparentemente, ela é responsável pelas estruturas que vemos no universo, como galáxias e aglomerados; é ela que “segura” estes objetos imensos, não deixando que se desfaçam.
Mas do que é feita a matéria escura? Muitos acreditam que a matéria escura é provavelmente uma nova partícula que ainda não foi detetada em aceleradores de partículas ou em raios cósmicos. Para ser uma partícula de matéria escura, ela tem que ter bastante massa, provavelmente mais que um neutrão, e interagir muito fracamente com a matéria normal, de forma a dificilmente reagir produzindo luz. O protótipo do candidato é algo parecido com um neutrino, só que todos os tipos de neutrinos conhecidos são muito leves e muito raros para explicar a matéria escura.
Os restantes 70% do Universo será constituídos por aquilo que é chamado de Energia Escura. A energia escura será a responsável pela expansão acelerada do universo.
A matéria escura e energia escura, possuem diferenças enormes. A matéria escura atrai e a energia escura repele, ou seja, a matéria escura é usada para explicar uma atração gravitacional maior que o esperado, enquanto a energia escura é usada para explicar uma atração gravitacional negativa.
A Terra
O Sol aparece quando o Universo já tinha mais de 8 biliões de anos e já muitas estrelas tinham sido criadas e e outras morrido. O Sol é uma estrela de dimensão média e terá nascido do colapso de uma estrela mais antiga que projetou materiais para o espaço que mais tarde ao se agruparem novamente terão formado uma nova estrela. A ciência prova isso de uma forma bastante simples, pois sendo o Sol composto por materiais complexos como o ferro, o carbono ou mesmo o ouro, estes só podem ser formados através de uma explosão de uma Super-Nova, já que uma estrela com as dimensões do Sol não pode produzir esses materiais.
O Nosso planeta azul, surgiu dos restos que o Sol não agregou e esses restos formaram um complexo disco de poeiras e gás. Esse material acabou igualmente por se agregar pela força da gravidade, criando quer os planetas gigantes compostos principalmente por gás, quer os rochosos, incluindo a Terra. A Terra formou-se da agregação de “pedaços” de rocha e gelo e após a formação, o planeta continuou a varrer a própria órbita, recolhendo materiais e outros precipitaram-se para o planeta pela força da gravidade.
Biliões de cometas contendo água, deram ao planeta um enorme oceano. É bem possível que por entre esses biliões de objetos que chocaram com a Terra, algum desses trouxesse as bases que permitiram a vida que prosperou. As primeiras bactérias terão surgido provavelmente à 3,9 mil milhões de anos que terão desempenhado um papel essencial na criação da atmosfera e gradualmente transformaram-se em sistemas mais complexos de vida até ao surgimento do Homem moderno.
O fim
Parte da comunidade cientifica acredita que a quantidade de matéria no universo fará com que a expansão desacelere – ou que o cosmos se contraia novamente em um só ponto, o que causaria um novo Big Bang. Mas, se existir energia escura suficiente no universo, ele pode continuar a expandir-se eternamente, ocasionando o Big Rip.
De acordo com esta teoria, a expansão do universo deve aumentar com o tempo e no futuro. essa expansão causará a separação das galáxias e com elas, planetas e até mesmo os átomos, individualmente. Essa separação deixaria o universo completamente desestruturado.
O grande problema é que ainda não sabemos com exatidão a razão entre pressão e densidade da energia escura. De acordo com dados da NASA, o valor correto fica entre -1,1 e 0,14, ou seja, é uma margem de erro imensa, o que impossibilita saber se o Big-Rip irá suceder.
Alguns teóricos afirmam que, se a aceleração for contínua, os átomos poderiam continuar espalhar-se pelo espaço sem a possibilidade de se reunirem novamente. Mas a energia escura pode ser bastante surpreendente e não se comportar da maneira como a ciência prevê.