Benjamin Franklin, nasceu em Boston a 17 de Janeiro de 1706. De origem humilde, aprendeu a ler sozinho, mas aos dez anos foi obrigado a deixar os estudos para trabalhar com o pai. Trabalhou depois na gráfica do irmão e, aos 17 anos, mudou-se para Filadélfia, onde trabalhou como impressor, dedicando os seus tempos livres a estudar.
Em 1729 tornou-se proprietário de uma gráfica e iniciou logo depois a publicação do jornal “The Pennsylvania Gazette”. Com o pseudónimo Richard Saunders, publicou o Poor Richard’s Almanac, uma colectânea de anedotas e provérbios populares. O sucesso foi tão grande que aos 47 anos acumulara tamanha fortuna que lhe permitiu retirar-se dos negócios. Criou em Filadélfia o corpo de bombeiros e uma academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Organizou um clube de leitura e debate, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia, e ajudou a fundar o hospital do Estado.
Franklin, nunca deixou de estudar. Aprendeu idiomas, tocava vários instrumentos e dedicava-se também às ciências. As suas obras sobre electricidade, das quais a mais importante é Experiências e Observações foi publicada nas colónias e na Europa. Inventou o para-raios e criou termos técnicos que ainda hoje são usados, como bateria e condensador. Participou na Assembleia da Pensilvânia e, no congresso de Albany (1754), apresentou um plano de união das colónias inglesas.
Em 1757, Franklin foi enviado à Grã-Bretanha para solucionar a disputa entre a assembleia da Pensilvânia e a coroa. Permaneceu até 1762 e tornou-se conhecido pelo espírito conciliatório.
Voltou a Londres em 1766, como embaixador extraordinário das colónias. Em Março de 1775, convencido de que a guerra pela independência era iminente, regressou a Filadélfia. Designado delegado no II Congresso Continental, fez parte, com Thomas Jefferson e Samuel Adams, do comité que redigiu a declaração de independência (1776). Tentou inutilmente convencer os canadianos a entrarem na guerra como aliados das 13 colónias.
Em 1776, foi para a França, em busca de ajuda, e foi recebido como personalidade eminente nos círculos parisienses. Assinou o tratado de aliança entre os dois países e em 1783 assinou o tratado de paz com a Grã-Bretanha. De volta a Filadélfia em 1785, foi recebido com entusiasmo pelos concidadãos e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos delegados da convenção que elaborou a constituição americana e tentou em vão abolir a escravatura.
As actividades intelectuais de Franklin abrangeram os mais variados ramos do conhecimento humano, das ciências naturais, educação e política às ciências humanas e artes. Escreveu numerosos ensaios, artigos e panfletos. A Sua obra mais importante é a Autobiography, publicada postumamente (1791).
Chamado pelos contemporâneos de “apóstolo dos tempos modernos”, Franklin viveu os cinco últimos anos de vida retirado da vida pública, cercado de amigos. Morreu em 17 de Abril de 1790 em Filadélfia.