Albert Einstein nasceu em Ulm, na Alemanha, a 14 de Março de 1879. Os seus pais Hermann Einstein e Pauline Koch eram judeus, embora não praticantes. Em 1880 a família muda-se para Munique onde o pai e seu irmão mais novo Jakob, que era engenheiro, dinâmico e empreendedor, estabelecem negócios.
Nos primeiros anos de vida, Einstein teve dificuldades para se expressar e teve algumas dificuldades de aprendizagem, facto que, durante algum tempo, deixou seus pais preocupados.
Aos seis anos de idade, Einstein tem aulas de violino com Herr Schimied, que a princípio não lhe agradam e acabou por abandonar as aulas. Mas ao longo da sua vida tocou violino, e em particular as sonatas de Mozart.
Aos nove anos entra em Luitpold Gymnasium, local onde se interessa por geometria e álgebra, matérias nas quais progride rapidamente. Tornou-se num problema para seus professores, visto que estes não sabiam responder ou refutar as suas perguntas. Aos 12 anos, torna-se um génio das matemáticas e lê avidamente Leibniz, Kant e Hume.
Possuía um carácter individualista e alheio à disciplina prussiana, acabando por ser expulso da escola. Aos 16 anos abandona a religião judaica e, assim, libertando-se do pensamento dogmático e imposições ideológicas.
Entrou para a Escola Politécnica Federal da Suíça, onde, em 1900, conclui a graduação em Física. Em 1901 escreveu seu primeiro artigo científico “A Investigação do Estado do Éter em Campo Magnético”. Em Fevereiro naturalizou-se como cidadão suíço. Em 1902, através de um colega, consegue um emprego como técnico especializado no Departamento Oficial de Registo de Patentes de Berna, onde permaneceu até 1909, quando a Universidade de Zurique o convida para o cargo de professor.
Em 1903, Einstein casou-se com uma antiga colega Mileva Maric. Deste casamento nasceram dois filhos: Hans Albert e Eduard.
Em 1905, formulou a Teoria da Relatividade Especial, que estabelecia os princípios da energia atómica. Nesse mesmo ano, publicou na “Revista Anais de Física”, os quatro artigos que se tornariam fundamentais para a Física Moderna.
Depois da publicação de seus artigos seu talento é reconhecido. Em 1909, torna-se professor na Universidade de Zurique e no ano seguinte lecciona na Universidade de Praga e em 1912 transferiu-se para Escola Politécnica Federal da Suíça onde leccionou a cadeira de física. Nos anos seguintes leccionou igualmente em Praga e em Zurique e em 1913 ocupou o cargo de director de Física do Kaiser Wilhelm Institute, em Berlim. Nesse novo emprego, libertado do compromisso de dar aulas, pôde concentrar-se integralmente nas pesquisas científicas, iniciando então uma nova fase de realizações. Em 1913, separa-se de Mileva e divorcia-se formalmente a em 14 de Fevereiro de 1919. Existem rumores de que era um “mulherengo devasso e teve muitos casos”. No entanto, essas histórias não seriam fundamentadas. Depois de se tornar famoso, muitas mulheres, jovens e velhas, aproximaram-se dele com o pretexto de tentar entender sua teoria.
Em 1915 Albert Einstein enuncia a Teoria Geral da Relatividade e em 1921, recebe o Prémio Nobel de Física. Ficando imortalmente conhecido na fórmula de equivalência massa-energia, E = mc2.
Em 1919, casou-se com sua prima Elsa, adoptando as duas filhas do primeiro casamento dela: Ilse e Margot.
A confirmação da Teoria da Relatividade Generalizada por duas expedições inglesas que fizeram observações durante um eclipse solar em 1919, tornaram-no reconhecido mundialmente. A Sua teoria revolucionária fez mudar os principais conceitos físicos que explicavam o Universo até então. Com tal feito, não havia dúvida de que Einstein era um dos maiores génios que a humanidade já havia produzido.
Durante 1921, viajou para os Estados Unidos onde foi recebido por milhares de pessoas.
Após o assassinato do seu amigo Walter Rathenau, ministro dos Negócios Estrangeiros e a vitória do Partido Nazi em 1933, decidiu abandonar a Alemanha. Foi para os Estados Unidos onde foi novamente recebido por multidões. Charles Chaplin foi à estação para o receber e virando-se para Einstein, disse: ‘Eles aplaudem-me porque me entendem; a você aplaudem porque ninguém o entende.’
Einstein foi leccionar Física no Instituto de Estudos avançados de Princeton, tornando-se cidadão americano em 1940.
Elsa Einstein morreu em dezembro de 1936 devido a problemas cardíacos. Dos seus filhos, Hans Einstein foi o único a gerar descendência tendo um filho, Bernhard Caesar, nascido em 1930.
Em 1939, foi persuadido a escrever uma carta ao presidente Rooselvelt, recomendando a aceleração das pesquisas que levariam à criação da bomba atómica. O contexto histórico praticamente o obrigou a tal atitude: os alemães estavam a desenvolver idêntico projecto e, se viessem a produzir a bomba antes, os efeitos poderiam ser muito mais trágicos. Mas a destruição de Hiroshima, constituiu o pior dia da sua vida e daí em diante defendeu abertamente todos os princípios da liberdade.
Os últimos anos de vida de Einstein foram vividos em Princeton, em relativo isolamento. Ambicionava chegar à Teoria do Campo Unificado que permitiria englobar todos os fenómenos gravitacionais e electromagnéticos, como emanações de uma única estrutura lógica. Depois de muito insucesso nas suas tentativas, conseguiu elaborar um esquema que era uma generalização formal das equações gravitacionais. Os seus contemporâneos, no entanto, longe de se interessarem por esquemas de pesquisa e por modelos matemáticos, que eram mais adequados a uma série de fenómenos em estudo, acabaram por se afastar da linguagem utilizada por Einstein, criando assim, um imenso abismo de incompreensão entre eles e a novas gerações de físicos teóricos, ao contrário dos tempos de Berlim, onde a sua palavra era a de mestre absoluto.
Em 1952, Ben-Gurion, então primeiro-ministro de Israel, convidou-o para assumir o cargo de presidente do Estado de Israel. Einstein não podia aceitar a honra de ser presidente, porque o seu temperamento não se adaptava bem aos cargos e funções sociais e administrativas exigidas. Nesta época, chegou a declarar à viúva de Weizmann, que não podia aceitar o cargo porque não entendia nada de relações sociais; entendia apenas um pouco de matemática e não desejava se dedicar a um só país, pois seu interesse era a Humanidade.
O génio intelectual de Albert Einstein esgotou prematuramente as suas reservas físicas e em 1954, o rápido declínio físico manifestou-se de forma alarmante, até que por fim em Abril de 1955 foi transferido para o hospital de Princeton com um aneurisma. Recusou-se a submeter-se a uma cirurgia, dizendo: “Quero ir quando eu quiser. É de mau gosto ficar prolongando a vida artificialmente. Eu fiz a minha parte, é hora de ir embora e eu vou fazê-lo com elegância”.
Albert Einstein, o maior génio do século XX morreu na manhã do dia 18 de Abril de 1955 seguinte com 76 anos de idade, tendo continuado a trabalhar até quase o fim de sua vida.
Durante a autópsia, o patologista do Hospital de Princeton, Thomas Stoltz Harvey, removeu o cérebro de Einstein para preservação, sem permissão, na esperança de que a neurociência do futuro seria capaz de descobrir o que fez Einstein tão inteligente. Os restos de Einstein foram cremados e as suas cinzas espalhadas em um local não revelado. O físico nuclear Robert Oppenheimer resumiu a sua impressão Einstein: “Ele foi quase totalmente sem sofisticação e totalmente sem mundanismo … Havia sempre com ele uma pureza maravilhosa ao mesmo tempo infantil e profundamente teimosa”.
Einstein foi sobretudo um homem livre.