A Gronelândia é conhecida por ser uma das zonas mais belas, naturais e geladas do planeta é uma ilha gigante, terá sido visitada por portugueses em 1500 e pertence à Dinamarca como região autónoma. Numa altura em que o degelo tem afectado a ilha de forma preocupante do ponto de vista ambiental, há cada vez mais área sem gelo numa zona de riquezas naturais impressionantes, inclusive em carvão e urânio
Donald Trump habituou o mundo a revelações absurdas, confirmou que está mesmo a pensar comprar a Gronelândia à Dinamarca por razões estratégicas. A primeira-ministra da Dinamarca Mette Frederiksen, reiterou que a Gronelândia não está à venda, considerando a ideia de Donald Trump sobre a compra do território “uma ideia absurda”.
A possibilidade da compra da Gronelândia parece ter surgido tal como acontece com muitas ideias de Donald em reuniões, jantares e conversas. Donald demonstrou grande interesse nos recursos naturais e na importância geopolítica do território. Na última Primavera, durante um jantar, Trump mencionou que a Dinamarca estava a ter dificuldades em financiar a Gronelândia e que está a considerar comprar a ilha.
Mais uma vez Trump, demonstra a suas capacidades políticas e culturais ao ignorar a legalidade da hipotética transacção, pois a Gronelândia tem o seu próprio governo autónomo. Com cerca de 2,1 milhões de km2 e 56 mil habitantes (o que faz desta ilha um dos territórios menos povoados do mundo), o governo da Gronelândia tem autonomia para decidir sobre questões internas, mas as decisões sobre negócios estrangeiros e segurança estão nas mãos de Copenhaga.
Trump não é o primeiro Presidente norte-americano a alimentar esta ideia. As Forças Armadas norte-americanas estiveram presentes na Gronelândia durante a II Guerra Mundial, como forma de proteger o país contra as investidas alemãs. Depois da guerra, em 1946, a Administração de Harry Truman ofereceu 100 milhões de dólares à Dinamarca para comprar o território, mas a Dinamarca recusou-se a vendê-lo.