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Palestina

Todos somos sensíveis à crise humanitária na Palestina, mas vamos tentar ser práticos e responsáveis na análise. O Hamas é um grupo ultra-radical que não reconhece Israel e os acordos estabelecidos.  Lança foguetes contra Israel; esconde os seus agentes entre a população civil. O Hamas  recusa-se a reconhecer Israel e não aceita os acordos estabelecidos e renunciar à violência. O Hamas está muito pouco interessado em deixar de provocar Israel e demonstra uma atitude pouco cooperante. Para agravar tudo, a população não entendendo que o hamas é o causador de todas as suas dificuldades e é impotente para derrubar um grupo radical e terrorista.
Em Israel existe muita divisão, pois nem toda a população apoia Netanyahu e o estabelecimento de colonatos, no entanto perante os ataques terroristas, as coisas mudam de figura, pois não creio que ninguém goste de ser bombardeado, bem como serem vítimas de ataques suicidas.
Na Síria, Bashar al Assad matou mais de 180 mil sírios, na maioria muçulmanos e parece que a indignação é diferente. Foram mortos milhares de muçulmanos no Iraque pelo Estado Islâmico e outros milhares pelos Taliban e cerca de meio milhão de muçulmanos negros foram mortos por muçulmanos árabes no Sudão.
Haverá uma diferença oculta e pérfida entre morrer aos milhares às mãos de muçulmanos e morrerem centenas às mãos de judeus? Existe até quem defenda que Israel devia regressar às suas fronteiras e estes crentes em mitologias, acreditam ainda que o Hamas se sentiria satisfeito e iria viver em harmonia com Israel. Como não partilho desses contos infantis, imagino que se Hamas tivesse as armas, o exército, a força aérea, o arsenal nuclear de Israel e o apoio dos EUA, Israel seria simplesmente liquidado.
Sim, existe uma ocupação injusta e ilegal da Palestina e sim, é uma vergonha em termos de direitos humanos. Mas também é verdade que no momento assisto a um movimento perigoso contra Israel e profundamente movido pelo antissemitismo. Existe quem viva no mundo do faz de conta que não admite que se trata da imbecil razão religiosa e que judaísmo não tem nada a ver com sionismo, assim como o islão não tem nada a ver com jihadismo ou antissemitismo. São 2 povos irmãos desfeitos pela religião, embora esta seja tão parecida e esta religião está impregnada nas instituições, cultura e política desses povos.



Em 2005, Israel retirou todos os soldados e demoliu todos os colonatos de Gaza. Muitos colonos judeus foram expulsos à força de suas casas pelos soldados israelitas. Israel abriu postos de fronteira para facilitar o comércio e foram ajudados alguns agricultores palestinianos.
 Mas o Hamas tinha outra visão para a paz quando ganhou as eleições. Preferiu não investir em escolas, comércio ou infraestruturas e construiu uma rede de túneis para abrigar foguetes e armas e por onde os seus ativistas entram para saírem em território israelita; Toda a agricultura foi destruída; Construiu abrigos para os seus líderes e deixou a população indefesa.
Existe uma diferença muito fundamental entre o hamas e Israel. Israel defende a sua população, pensa nela como causa última e quando os mísseis do Hamas são lançados contra Israel, é levantado um elaborado sistema de defesa para proteger as pessoas.
Quando os mísseis de Israel são lançados para Gaza, o Hamas diz aos civis para ficarem em casa e os enfrentem. O Hamas é financiado pela Síria e pelo Irão e esse dinheiro em vez de ser usado na construção de escolas, comida e hospitais é usado na construção de túneis e armas. Admito que existe uma grande diferença entre israelitas e o Hamas. Essa diferença, chama-se de prioridade.
Na batalha pela opinião pública internacional, Israel é vítima da sua política. O seu sistema de defesa contra os misseis é um sucesso e os ataques israelitas deixam centenas de vítimas, infelizmente muitas delas civis.
Em Israel existem os mesmos radicais que na Palestina. Muitos judeus aplaudem bombardeamentos e massacre de inocentes, da mesma forma que os muçulmanos comemoram os atentados contra alvos civis. O exército israelita torturou crianças palestinas usou-as como escudos humanos. Os soldados agridem adolescentes e bombardeiam implacavelmente alvos civis, unicamente sob o pretexto das suas casas estarem a ser usadas por radicais.
Israel escolheu o caminho do isolamento internacional, o que levará a uma crescente radicalização e que as medidas que adota se virem contra si. Pior, muito pior que tudo isso é virar o mundo contra si e surgirem argumentos ridículos de “mau judeu que rouba terras que não é dele e que pretende governar pessoas contra a sua vontade”. Com esse caminho, Israel perderá todas as simpatias e credibilidade internacional. Nos próprios Estados Unidos cresce o antagonismo para com Israel e o argumento de que é um estado democrático e “bom” cercado por fanáticos perigosos e anti-americanos, cai por terra.
Mas Israel é a chave para o problema e não o problema em si. Só Israel detém nas sua mão a solução para a paz na região e impedir o colapso da própria Palestina e a sua divisão em duas entidades e pior do que tudo, ter de fazer a opção em nome da sua segurança, expulsar todos os muçulmanos do seu território e repensar a sua própria natureza.
Os puristas esquecem uma máxima implacável. Um Estado quando se vê na eminencia de estar entre a espada e a parede, irá sempre escolher a espada. Não entender isto é não entender absolutamente nada, é não compreender a mentalidade judaica ou ter lido sequer a bíblia.



 Israel é um filho ilegítimo da Palestina que ao sair do ventre materno, matou a própria mãe, trazendo sofrimento aos povos da Palestina. Israel foi fundado com base na guerra, no sofrimento e na injustiça. Mas os filhos de Israel amam a sua terra, estudam em universidades israelitas, cultivam o deserto, tem esperança no futuro e o seu trabalho árduo deu frutos e fazem de Israel um país avançado, democrático.

  Os adolescentes, as crianças israelitas não expulsaram palestinianos das suas casas, não combateram em 5 guerras para se defenderem, mas também não andam nas ruas com metralhadoras a disparam tiros para o ar para serem filmadas para o youtube. Garanto que a sua religião e no seu sangue reside a firme mensagem de defender até à morte o seu direito à existência, nem que para isso seja necessário extinguir cada ser vivo na Palestina.

 Não posso esperar que concordem com estas palavras, pois reconheço que são polémicas, mas têm sido cumpridas desde à séculos e séculos. Não respeito minimamente as religiões, até porque a religião não merece mais respeito do que qualquer outra ideia ou convicção. Não me interessa minimamente que as pessoas tenham as crenças ou convicções que entenderem, até porque nos países democráticos temos direito à opinião e isso não se passa nos países islâmicos.
Desculpem, mas não tenho uma atitude humilde e reverenciadora às convicções dos outros por medo de os ofender, pois essa humildade e consideração valem o sofrimento humano ou aquilo que é verdadeiro? Respeito o direito das pessoas terem opinião, mas não sou obrigado a respeitar a opinião em si. Os seres humanos têm direitos, as ideias não. Por isso, não tenho qualquer problema em me assumir que sou pró judaico, mas não sionista e se Israel realmente quisesse destruir Gaza, poderia fazê-lo facilmente utilizando unicamente a Força a Aérea. Eu não fui militar, mas li livros sobre tácticas e estratégias militares e não entendo porque realizar uma incursão por terra pondo em risco a vida de seus soldados?
As pessoas esquecem que num conflito existem sempre duas opiniões antagónicas. Uns veem os adversários como terroristas e assassinos implacáveis, mas estes veem-se como defensores da liberdade. Não entender algo tão simples, torna impossível entender qualquer conflito.
As bases para a paz são feitas através na mútua compreensão e não na acusação. As pessoas podem não concordar com este texto, mas o importante disto tudo é o seguinte: enquanto Israel não ficar tranquilo e obliterar o perigo que representa o Hamas, vítimas inocentes irão morrer em nome do terrorismo.

 

About João Fernandes

Licenciado em Relações Internacionais; Business Manager da Webmind; Blogger e múltiplos interesses nas áreas das ciências, tecnologia, História e política. Trabalha como freelancer em websites e publicidade.

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