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A Batalha Da Normandia – O Dia D

O desembarque na Normandia, prelúdio da reconquista da Europa, foi umas das maiores realizações humanas em termos militares, pois envolveu não apenas o treino especial das tropas, mas também a fabricação de um imenso material bélico que podem ser consideradas vitórias tão essenciais ao desenlace da guerra como os maiores êxitos militares.

 A conquista do espaço aéreo e a construção de uma enorme Força Aérea aliada, iria possibilitar a destruição sistemática da rede de comunicações e do poderio industrial alemão destinados a preparar o êxito da invasão, desorganizando a sua máquina militar.

 Uma das estratégias fundamentais aliada, foi a de convencer os alemães de que o desembarque se iria verificar na região de Pas-de-Calais, pois a região sofria ataques quotidianos. Só mais tarde os alemães perceberam que estes bombardeamentos eram uma manobra de diversão.

 Rommel, resoluto, dispunha-se a travar a batalha mais desesperada da sua carreira. Sob o seu comando, meio milhão de homens guarneciam as fortificações de um litoral que se estendia por cerca de 1300 km. Mas o grosso das suas forças concentrara-se na região de Calais, a parte mais estreita do canal da Mancha.

 Surgiram aeródromos e bases por toda a Inglaterra. Os portos estavam a abarrotar de navios. Os comboios marítimos chegavam em tão grande número que, na primavera, haviam já descarregado cerca de 2 milhões de toneladas de mercadorias e material. Montanhas de munições estavam escondidas nos bosques. Carros de combate, camiões, “jeeps” e ambulâncias, víveres, roupas, material de toda a natureza e 2  portos  artificiais — que  deviam  ser  rebocados  até  às  praias  do  canal  da  Mancha —denominados “Mulberries” com as dimensões do porto de Dover.

 Uma força total de 3 milhões de soldados, aproximadamente 1 700 000, era americana. Britânicos e canadianos representavam cerca de um milhão de homens, aos quais se juntaram franceses, polacos, checos, belgas, noruegueses e holandeses.

 A Muralha do Atlântico consistia numa série de construções fortificadas distribuídas ao longo da costa. Sob o seu comando de Rommel, meio milhão de homens fortaleciam as fortificações. Mas o grosso das suas forças — o XV Exército — concentrara-se na região de Calais, a parte mais estreita do canal da Mancha, mas a muralha do Atlântico era uma farsa, um produto do reino da utopia em que Hitler se deleitava.

 Desde a sua chegada a França, em fins de 1943, Rommel teve a tarefa quase sobre-humana de encontrar a solução  para adivinhar as intenções dos aliados e para repelir o seu iminente ataque.  A sua primeira inspeção à muralha do Atlântico horrorizara-o, pois só algumas partes da muralha estavam acabadas. Nos restantes locais, as fortificações encontravam-se num grau mais ou menos avançado de construção e preparação e em outros nem sequer haviam sido iniciadas.

 A enérgica direção de Rommel transformou em poucos meses este estado de coisas. Em cada praia onde lhe parecia possível um desembarque, fez erguer barreiras de obstáculos e armadilhas. Atrás, as tropas montavam guarda em pequenos fortins, em casamatas de betão e em trincheiras comunicantes, todas protegidas por várias barreiras de arame farpado. As peças de artilharia que guarneciam estas posições apontavam para as praias e para o mar, de modo que cada uma abrangesse parte da zona de tiro da outra. Alguns canhões encontravam-se nas próprias margens, em fortificações de betão construídas debaixo de vivendas de aparência inofensiva. Jamais na história de guerra moderna se mobilizara tanta potência mortífera para acolher um exército invasor.

O general Dwight Eisenhower, comandante supremo dos exércitos aliados, tomou a resolução que o desembarque seria Terça-feira 6 de Junho apesar das desfavoráveis condições atmosférica. O enorme mecanismo de desembarque, estava agora em movimento. Mas as horas decorriam e as condições atmosféricas pioravam; o maior exército aerotransportado e anfíbio da História esperava a decisão de Eisenhower. Manteria “Ike” o dia 6 de junho como o dia D? Ou ver-se-ia forçado pelo mau tempo que reinava no canal — o pior dos últimos 20 anos — a adiar a invasão?

Do lado alemão, reinava a tranquilidade. O espírito metódico dos alemães deduziu uma regra intangível: o tempo devia estar exatamente de acordo com as exigências da situação, pois, a não ser assim, os aliados não atacariam. Fazia um tempo tão mau que os oficiais de estado-maior decidiram fazer uma pausa para descansar por algum tempo. Uns após outro, os oficiais mais graduados haviam, abandonado a frente na própria véspera da batalha. Para piorar, os oficiais encarregados da defesa das praias, resolveram transferir para longe da costa os últimos caças. Hitler prometera aos seus generais que 1000 aviões contra-atacariam nas praias no dia do desembarque. No entanto, havia somente, em toda a França, 183 caças diurnos, dos quais apenas 160 eram utilizáveis. E destes 160 aparelhos, os 124 que constituíam as 26ª Esquadra de Caça partiam nessa mesma tarde.

Sobre as águas cinzentas e agitadas do canal da Mancha, uma terrível frota avançava, na direcção da Europa. Seguindo-se umas às outras incansavelmente, como as ondas, em 10 filas distribuídas sobre uma frente de mais de 30 km, avançavam embarcações de todos os tipos.

 Á meia-noite de 6 de junho de 1944, o 1º assalto é feito por 120 paraquedistas, cuja missão consistia em delimitar as zonas de lançamento de paraquedistas num setor de 130 km quadrados da península, à retaguarda de Utah, para orientar as tropas lançadas em paraquedas ou transportadas em planadores que deviam atacar uma hora mais tarde.

Uma frota de 5000 navios, desembarcariam em 5 praias. Os americanos desembarcariam nas praias com o nome de código de Utah e Omah; os canadianos desembarcariam em Juno e os britânicos na praia de Gold e Schord.



 Os alemães continuavam sem qualquer movimento. O tempo desfavorável, a ausência de meios de reconhecimento; Os serviços de informação secreta, revelaram-se ineficazes e incompetentes, pois nunca suspeitaram do que iria acontecer; a sua obstinada convicção de que o desembarque devia necessariamente realizar-se na região de Calais, a mais próxima da Grã-Bretanha. Tudo isto jogou um papel importante no equívoco alemão. As estações de radar iriam falhar miseravelmente, pois os aviões aliados que sobrevoavam a costa lançaram nuvens de finíssimas folhas metálicas que tornavam confusas as imagens nos radares. Uma só estação alemã redigiu e transmitiu uma informação indicando que o “tráfego era normal sobre o canal da Mancha”.

 Mais de duas horas haviam decorrido desde a aterragem dos primeiros pára-quedistas e só então os comandos alemães principiavam a suspeitar de que algo importante devia estar a acontecer. Começavam a chegar-lhes informações isoladas.

 Uma estranha confusão reinava no Quartel-General de Rommel. Começavam a amontoar-se as informações — que era, frequentemente inexatas, incompreensíveis e contraditórias.

 Ao despontar a manhã, 18 000 paraquedistas, que apesar das dificuldades iniciais, haviam semeado a confusão entre o inimigo e desorganizado as suas transmissões: agora, torneando por ambos os lados a zona de desembarque, impediam em grande parte os movimentos das tropas alemãs. As 5 pontes sobre o Dives, em poder dos alemães, seriam destruídas. Os Britânicos tinham atingido os seus principais objetivos; e enquanto pudessem conservar em seu poder as artérias vitais, estariam em condições de atrasar ou suster completamente os contra-ataques alemães.

 Na outra extremidade das praias de desembarque, os americanos, apesar de as suas missões decorrerem num terreno mais difícil e de maior diversidade, cumpriram a sua missão. As forças aerotransportadas haviam invadido o continente e preparado o terreno para as tropas desembarcadas por mar, com as quais penetrariam até ao coração da Europa.

 Toda a gente esperava por aquele amanhecer, mas ninguém mais ansiosamente do que os alemães. Pois um novo aspeto — e pouco tranquilizador — começava a insinuar-se no caudal de mensagens dirigidas aos quartéis-generais de Rommel e von Rundstedt. Ao longo de toda a costa normanda, os postos de observação detetavam pelo som, não um ou dois navios, mas dezenas deles. As informações acumulavam-se.

 No Quartel-General de Hitler, no clima idílico da Baviera, reinava como sempre a ilusão e a irrealidade. A mensagem foi entregue no gabinete do marechal Jodl, chefe das operações, mas Jodl dormia e o seu estado-maior não julgou a situação suficientemente grave para o despertar….A mensagem podia esperar.

 A 5 km dali, no “Ninho da Águia”, Hitler dormia e apesar das notícias que começavam a chegar, decidiram não o acordar.

 Mas os aliados não quiseram esperar. As águas tumultuosas da Normandia jamais haviam presenciado um amanhecer semelhante. Na penumbra cinzenta, a grande frota aliada, majestosa e terrível, tomava posições nas 5 praias de invasão. A massa cada vez maior de barcos era um viveiro de ruídos e atividade. Navios cheios de homens, cada vez mais numerosos, aproximam-se das barcaças de assalto. Calados, enjoados, em estado lamentável, aqueles homens eram os primeiros que iam pôr os pés nas praias. Os soldados vinham tão carregados que mal podiam mover-se. Alguns calculam que pesavam em conjunto 140 quilos quando, arrastando-se pelas embarcações e se prepararam para desembarcar.

 O barulho era ensurdecedor, quase aterrador nas costas. Os navios cuspiam fogo sobre a costa numa tentativa de obliterar as defesas. Juntava-se um zumbido poderoso, maquinal dos caças e bombardeiros que cobriam os céus. Voaram sobre a frota, em vagas sucessivas: 11 000 aviões, na totalidade. Os “Spitfire”, os “Thunderbolt”, os B-26, os Lancaster, os Liberator e os  magníficos P-51 Mustang, metralhavam as praias, subiam, davam meia volta e, depois, voltavam ao ataque.

 Mas, espantosamente, os canhões da muralha do Atlântico permaneciam silenciosos. Ao verem agigantar-se perante os seus olhos o perfil do litoral, os soldados estranhavam a ausência do fogo inimigo. Muitos pensaram que, afinal, talvez o desembarque fosse coisa fácil.

 À medida que a frota se aproximava, o trágico e marcial concerto do bombardeamento aumentava. Os transportes de desembarque, fundeados a 1 km da costa, principiaram também a disparar. Dava a impressão de que ninguém poderia livrar-se deste esmagador bombardeamento. A praia estava estranhamente coberta de uma ligeira bruma, dando ao cenário uma estranha e inquietante beleza. Mas a artilharia alemã continuava muda. As barcaças avançavam aparentemente imparáveis. Os invasores conseguiam já distinguir entre a metralha, a praia deserta, a linha defensiva mortífera dos obstáculos de aço e betão que, revestidos de arame farpado e cobertos de minas, se encontravam espalhados por toda a parte.

 Os assaltantes avançavam entre as vagas de metro e meio de altura. Quando as primeiras embarcações estavam a menos de 350 metros da margem, as metralhadoras alemãs abriram fogo, aquelas metralhadoras que ninguém ou quase ninguém acreditara pudessem sair ilesas dos bombardeamentos.

 As barcaças, saltaram para a praia homens a passo lento, e cuja sorte não era muito invejável. A praia seria chamada, mais tarde, “Omaha, a sangrenta”.

 Algumas embarcações navegaram ao longo da margem, à procura de um ponto menos defendido e outras, empenhando-se em chegar aos sectores designados, foram submetidas a tais canhoneiros que os homens preferiram saltar pela borda fora para a água profunda, onde imediatamente as metralhadoras inimigas dispararam sobre eles.

 Ao longo de toda a margem, os soldados caíam mortos instantaneamente. Nos primeiros momentos da carnificina, uma companhia inteira foi posta fora de combate. Apenas a 3.ª parte dos homens saiu com vida desta marcha para a morte.

 Eram 7 horas da manhã. Em Omaha, seguiu-se a 2.ª vaga de assalto, repetindo-se o mesmo cenário: os homens saltaram para a margem, no meio do fogo inimigo. Outros barcos vinham, sem cessar, aumentar o cemitério de destroços em chamas. Cada vaga de assalto pagava o seu tributo de sangue à maré crescente.

Alguns minutos mais tarde chegou a 3.ª vaga e susteve o seu avanço. Os homens deitavam-se, ombro a ombro, sobre a areia, sobre as rochas. Cravados no solo pelo fogo inimigo que esperavam estar neutralizado, desorientados por um desembarque num lugar imprevisto, desconcertados por não encontrarem, para se entrincheirarem, como supunham, as covas abertas pelos bombardeamentos aéreos, transtornados por aquele espectáculo de devastação, ficavam petrificados à beira de água, como que atacados por uma estranha paralisia.

 A 15 km em Utah, os homens da 4.ª Divisão desembarcavam em grupos compactos e avançava rapidamente. Chegou a 3.ª vaga de assalto sem encontrar também uma resistência séria.



 Entretanto, os britânicos e canadianos desembarcaram nas praias Sword, Juno e Gold. Numa extensão de perto de 25 km toda a costa encontrava-se obstruída pelas barcaças de assalto que lançavam as tropas à praia. Em vagas sucessivas, os barcos começavam a amontoar-se quase uns sobre os outros.

 Em conjunto, no entanto, as tropas britânicas e canadianas encontraram menos resistência ao ataque do que os americanos em Omaha. O momento mais tardio de desembarque dos britânicos, deu à sua frota tempo para bombardear as fortificações costeiras até à saturação; as tropas chegavam em massa às praias e avançavam para o interior.

  Para o Alto Comando alemão, reinava ainda a tranquilidade. De momento, não lhe parecia que a situação fosse grave. Numa situação em que se exigia força, rapidez e enviar as divisões blindadas para as praias, a decisão surgiu apenas 8.30 h mais tarde. No Quartel-General de Rommel reinava uma atmosfera de otimismo e a impressão geral de que os Aliados seriam atirados ao mar antes do fim do dia.

 Às 10 h e 15 Rommel foi finalmente informado relativamente aos acontecimentos. Rommel escutou as notícias cheio de angústia e rapidamente se apercebeu que não se tratava já de um “raid” do tipo de Dieppe. Era claro para ele, que os combates durariam meses e o seu realismo dizia-lhe que a partida estava perdida.

 Por uma cruel ironia do destino, Rommel estava “fora de jogo” enquanto se travava a batalha decisiva da guerra. Tudo quanto pôde fazer, quando Speidel terminou, foi repetir:

— Que idiota fui! Que idiota fui!

 Como temia Rommel, o Comando Alemão não compreendeu desde o primeiro momento a importância decisiva da batalha da Normandia e, receando desguarnecer as restantes frentes da muralha do Atlântico, não lançou imediatamente na luta as suas reservas de “Panzers”.

 A alguns quilómetros das praias de desembarque ia travar-se uma guerra de desgaste durante várias semanas, na qual só a rápida chegada de reforços poderia forçar a decisão.

 Uma das grandes debilidades alemãs era a discórdia entre os seus líderes. Rundstadt era o Supremo Comandante do Norte de França e da Bélgica e Rommel era seu imediato e responsável pela Defesa da Normandia. Enquanto que a estratégia de Rommel previa a destruição das tropas invasoras nas praias, Rundstedt, defendia que se deveriam retirar os tanques das praias e recuá-los para o interior da Normandia para depois os lançar numa poderosa contra-ofensiva e destruir o exército aliado á boa maneira alemã. Mas Rommel opunha-se tenazmente, pois defendia que para essa estratégia resultar, necessitava de uma enorme superioridade aérea alemã para evitar  que os seus preciosos tanques fossem destruídos pela aviação aliada.

 Esta foi uma das principais razões da derrota alemã na Normandia, assim como noutros campos de batalha, pois as diferentes unidades que compunham as Forças Armadas alemãs em vez de cooperarem entre si num esforço conjunto para ultrapassarem as dificuldades e obterem uma vitória final, lutavam e competiam entre si, tendo este facto contribuído para a destruição do exército alemão, tanto como as bombas e balas aliadas.

 Mais grave ainda, era o facto das unidades alemãs presentes na Normandia serem as mais fracas, dada a crescente necessidade de transferir as melhores e mais experimentadas para a Frente Leste. Pior ainda, era o facto das tropas defensoras serem constituídas por cidadão não alemães e sim por estrangeiros dos países ocupados.

 A situação esteve crítica durante 4 dias, mas quando o tempo melhorou, a chegada de reforços foi retomada a um ritmo acelerado. Em menos de um mês desembarcaram um milhão de homens e mais de 170 000 veículos com 566 000 toneladas de abastecimentos. Os reforços alemães experimentaram, pelo contrário, as maiores dificuldades para chegar à frente. Os destroços ocasionados nos centros de comunicações pelos bombardeiros, obrigavam os carros de combate a seguir pelas estradas secundárias. Embora camuflados com ramagens e deslizando pelos atalhos dos bosques, os camiões sofriam eficazes ataques dos caças.

Depois da tomada de  Bayeux, Cherburgo, cujo porto, facilitaria o abastecimento das forças combatentes e apoderar-se de Caen que dominava a oeste todo o dispositivo de ataque, a 8 de Julho, um bombardeamento aniquilou as posições alemãs em Caen e ao Sul de Bayeux. Os canadianos entraram em Caen no dia seguinte. Ao mesmo tempo os americanos, ocuparam  Saint-Lô.

 Von Rundstedt e Rommel, sem manterem ilusões sobre o resultado da batalha, haviam dado a entender que o cessar-fogo no Oeste era a única coisa que podia evitar a catástrofe. Hitler, furioso, substituiu o primeiro por von Kluge, em 3 de Julho. Quanto a Rommel teve de abandonar a frente da Normandia a 17 de Julho, gravemente ferido, pois o seu automóvel fora metralhado pela aviação. Além do mais, a 20 de Julho, um espetacular atentado, de que Hitler escapou como que por milagre, pôs a descoberto uma conjura de que fazia parte Stulpnagel e que, por instantes, colocou a Wehrmacht de Paris em rebelião contra a Gestapo. A sua imediata repressão dizimou o quadro de oficiais alemão.

  Eisenhower confiou ao I Exército Norte-Americano a penetração decisiva na frente, em direcção a Avranches. Um bombardeamento sem precedentes aniquilou a 25 de julho, toda a possibilidade de resistência.  Avranches caiu em 30 de Julho; Rennes é libertada a 3 de Agosto e Nantes a 11. Os 30 000 homens da Resistência abrem as estradas do interior aos norte-americanos. marechal von Kluge consciente do trágico da situação, pediu para se retirar. Mas Hitler negou-se terminantemente e ordenou um contra-ataque, na esperança de dividir o Exército de Patton, chegando de novo ao mar.  Os “Panzer” contra-atacaram em 7 de Agosto, mas a aviação aliada provocou uma hecatombe entre os carros de combate. O VII Exército Alemão corria o risco enorme de ser cercado. Os alemães mantiveram ainda, durante 3 dias, um corredor de 8 km, pelo qual as suas unidades fugiram, completamente desorganizadas.

O general Patton, entrou em Le Mans a 8 de agosto e realizou uma manobra que provocou o colapso de todo o VII Exército Alemão, abrindo  caminho para o coração da França. Saint-Malô capitula em 17 de agosto, depois de os alemães terem feito a cidade ir pelos ares.

 A 19 de Agosto, a bolsa de Falaise fechava-se, partindo ao meio 8 divisões de infantaria e os restos das duas divisões blindadas, obrigadas a capitular. Von Kluge, vencido, desprezado e suspeito, suicidou-se.

 A batalha da Normandia estava perdida para os alemães. Custara-lhes 640 000 homens, entre mortos, feridos e prisioneiros. Para os Aliados, começava a batalha que iria libertar a França e o inicio da invasão da Alemanha.

About João Fernandes

Licenciado em Relações Internacionais; Business Manager da Webmind; Blogger e múltiplos interesses nas áreas das ciências, tecnologia, História e política. Trabalha como freelancer em websites e publicidade.

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