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Marte

Marte

Marte é o quarto planeta a contar do Sol e recebeu o seu nome do deus romano da guerra. Marte é conhecido por planeta vermelho devido à sua cor, porque o óxido de ferro predominante na sua superfície dá-lhe uma aparência avermelhada.
Marte é o planeta favorito de escritores de ficção científica, teóricos da conspiração e aparentemente da Nasa, pois será o lugar mais favorável onde os seres humanos podem estabelecer uma base para exploração do Sistema Solar.
Amplamente estudado por sondas: Mariner 4; Marte 2; duas Vikings; Mars Pathinder; “Spirit” e “Opportunity”;Mars Odyssey; Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter.
A órbita de Marte é elíptica e isto tem uma grande influência no clima. Enquanto que a temperatura média é de cerca de -63.ºC, as temperaturas à superfície variam entre os -133.º C e os 33 os.
Embora Marte seja mais pequeno que a Terra, a sua área de superfície é aproximadamente igual à da Terra.
Marte tem uma superfície interessante, o que faz com que tenham caractecrísticas simplesmente espectaculares:

Monte Olimpo(Olympus Mons): a maior montanha do Sistema Solar, com 21-27 km de altura. à volta da área. A sua base mede mais de 500 km de diâmetro e está rodeada por um penhasco de 6 km de altura.

Tharsis: uma grande proeminência na superfície marciana com 4000 km de comprimento e 10 km de largura.

Valles Marineris: um sistema de desfiladeiros com 4 000 km de comprimento e 2 a 7 km de profundidade.

Hellas Planitia: uma cratera de impacto no hemisfério sul com mais de 6 km de profundidade e 2000 km de diâmetro.



Muita da superfície é velha e coberta de crateras, mas existem vales, montes e planícies mais jovens. O hemisfério Sul de Marte contém predominantemente antigas terras-altas com crateras, um pouco similares às da Lua. Em contraste, a maioria do hemisfério norte tem planícies muito mais jovens, baixas em elevação. Uma mudança de elevação abrupta com alguns quilómetros parece ocorrer na fronteira.
É provável que possua um núcleo denso com cerca de 1700 km de raio, um manto rochoso derretido um pouco mais denso que o da Terra e uma crosta fina. A crosta de Marte tem cerca de 80 km de espessura no hemisfério sul mas apenas 35 km no norte. A baixa densidade de Marte quando comparada com os outros planetas terrestres indica que o seu núcleo provavelmente contém uma relativamente grande fracção de enxofre, além de ferro.
Marte parece não ter placas tectónicas activas; não existem provas de movimento horizontal recente na superfície, tal como as montanhas dobradas tão comuns na Terra. Com nenhum movimento de placas horizontal, os “pontos quentes” debaixo da crosta ficam numa posição fixa relativamente à superfície. Isto, em conjunto com a baixa gravidade à superfície, pode explicar a existência da proeminência de Tharsis e os seus enormes vulcões. No entanto, não existem evidências de actividade vulcânica presente.
Existe um claro indício de erosão em muitos lugares, incluindo grandes inundações e pequenos sistemas de rios. A uma dada altura no passado, houve claramente uma espécie de fluido na superfície. A água líquida parece ser a escolha mais óbvia mas existem outras possibilidades.
No princípio da sua existência, Marte era muito parecido com a Terra. E tal como a Terra, muito do seu dióxido de carbono foi usado para formar as rochas carbonáceas. Mas ao contrário das placas tectónicas na Terra, Marte não consegue reciclar nenhum do seu CO2 para a atmosfera e por isso é incapaz de suster um efeito de estufa significativo. A superfície de Marte seria por isso, muito mais fria que a da Terra, se estivesse à mesma distância do Sol.

Marte tem uma atmosfera muito fina, composta principalmente por uma pequena quantidade de dióxido de carbono restante (95.3%), nitrogénio (2.7%), árgon (1.6%) e traços de oxigénio (0.15%) e água (0.03%). A pressão média à superfície de Marte é de apenas 7 milibares (menos de 1% da da Terra), mas varia largamente com a altitude até quase aos 9 milibares nas bacias mais profundas e cerca de 1 milibar no topo do Monte Olimpo. No entanto, a sua atmosfera é espessa o suficiente para suportar ventos muito fortes e tempestades de areia vastas, que por vezes “tapam” o planeta inteiro e podem durar meses. A fina atmosfera de Marte produz um efeito de estufa, mas que só por si não é suficiente para subir a temperatura à superfície 5 graus (K); muito menos como o que vemos em Vénus ou na Terra.
Marte tem calotes polares permanentes em ambos os pólos compostas de gelo e dióxido de carbono sólido (“gelo seco”). Estas exibem uma estrutura em camadas, em que alternam gelo e várias concentrações de pó negro. Quando é Verão no hemisfério Norte, o dióxido de carbono é completamente sublimado, deixando uma camada residual de gelo. Pode também existir gelo escondido abaixo da superfície, a latitudes baixas. As mudanças sazonais nas calotes polares alteram a pressão atmosférica global em cerca de 25%.
Existem uns grandes, mas não globais, fracos campos magnéticos em várias regiões de Marte. Esta descoberta inesperada foi feita a partir da Mars Global Surveyor apenas uns dias depois de ter entrado na órbita de Marte. Existem provavelmente restos de um campo global mais antigo, que já desapareceu. Isto pode ter implicações importantes para a estrutura interior de Marte e para a história da sua atmosfera, bem como para a possibilidade de vida.
Quando se encontra no céu nocturno, Marte é facilmente visível a olho nu. É um alvo difícil mas reconfortante para os astrónomos amadores, embora que seja por apenas três ou quatro meses durante cada ano marciano, quando se encontra mais próximo da Terra. O seu tamanho aparente e brilho varia muito de acordo com a sua posição relativa em relação à Terra.



About João Fernandes

Licenciado em Relações Internacionais; Business Manager da Webmind; Blogger e múltiplos interesses nas áreas das ciências, tecnologia, História e política. Trabalha como freelancer em websites e publicidade.

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