Muitas obras de ficção cientifica abordam o tema “E se a Terra parasse”. Se tal fenómeno realmente acontecesse, o mais provável seria a total extinção da vida no planeta.
A primeira e a mais imediata consequência, a área que ficasse exposta ao Sol ficaria sujeita a elevadas temperaturas, por outro lado a outra parte ficaria totalmente escura e submetida a baixas temperaturas. A Terra deixaria simplesmente de ter um período de 24 horas, e sim de 6 meses. Com o passar do tempo, a possibilidade de algum ser vivo sobreviver seria bastante remota com a excepção dos organismos que vivem no fundo do mar, próximos a abismos que expelem calor das profundezas da Terra.
As circunstâncias em que tivesse ocorrido o fim do movimento de rotação seriam determinantes, pois o planeta deixaria de se mover a uma velocidade de 1700 km/h (em latitude de 45°) para zero, causando uma paragem brusca, tendo por consequência uma enorme desaceleração, provocando a destruição de qualquer construção, para além de que todos os seres vivos seriam projectados pelo ar. Os oceanos seriam deslocados e levantar-se-iam numa enorme massa e ocorreriam ventos supersónicos.
Isso aconteceria por causa de um fenómeno da física chamado inércia dos corpos: tudo que existe na Terra, inclusive o ar, move-se com o planeta. Por isso, se o movimento de rotação da Terra parasse subitamente, esses corpos por inércia, tenderiam a manter a sua trajectória com a mesma velocidade. Mas tal situação seria completamente impossível, pois se o núcleo da Terra parasse de girar, não haveria lugar a uma paragem abrupta mas sim um abrandamento até parar finalmente
A velocidade do vento seria tão alta que iria provocar instantaneamente incêndios por todo o planeta e causaria uma erosão sem precedentes em praticamente tudo que faz parte da crosta terrestre.
Com a paragem do núcleo, o planeta iria perder o campo magnético e a radioactividade do Sol iria automaticamente extinguir tudo que eventualmente tivesse sobrevivido.
Sem rotação, a Terra, achatada nos pólos devido à velocidade a que gira, passaria a ser uma esfera quase perfeita e os oceanos seriam redistribuídos, submergindo grandes porções de terra firme.
Segundo a NASA, a probabilidade de isto acontecer nos próximos milhares de milhões de anos é quase inexistente.