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Baalbek

Antiga cidade da Fenícia, no vale do Bekaa no Líbano construída em honra do deus Baal, tornou-se numa colónia romana no tempo de Augusto. Foi chamada Heliópolis, “cidade do sol”, pelos gregos e romanos.

A voz mais activa do movimento dos astronautas antigos,  foi Zecharia Sitchin, que teorizou que os deuses responsáveis pela construção de Baalbeck eram astronautas do planeta Nibiru, um distante 12.º planeta (incluindo e denominando o Sol, a Lua, todos os outros sete planetas e Plutão como “planetas”) associado com o deus Marduk. Nibiru orbita o Sol numa órbita alongada de 3600 anos.

Segundo Sitchin, os Sumérios relatam que os “Anunnaki“, ou habitantes de Nibiru, chegaram à Terra há aproximadamente 400 000 anos com a intenção de extrair matérias-primas para as transportar para o seu mundo. Mas devido ao seu reduzido número, e dada a árdua tarefa, os anunnaki teriam começado a alterar geneticamente os trabalhadores para trabalharem nas minas. Após muitas tentativas e erros, criaram o homo sapiens.

Os defensores dos Deuses astronautas defendem que existem numerosas provas da intervenção extraterrestre em Baalbek e que teriam sido realizadas pesquisas arqueológicas que revelaram por exemplo, que a enorme pedra que está na base do local, remonta a dezenas de milhares de anos, mas ainda mais importante, é que pode ter servido como uma plataforma de aterragem para os viajantes espaciais e referem pedras com um peso entre 800-1200 toneladas e mais duas pedras ainda mais pesadas do que estas, mas na realidade a maior das pedras terá 800 toneladas e as pedras supostamente ainda mais pesadas ainda estão ligadas à rocha na pedreira, e, portanto, não são, obviamente, uma parte da construção.

Essas pedras serão mesmo o grande mistério de Baalbeck, pois segundo a teoria, jamais poderiam ser transportadas para aquele local, pois são de tal magnitude que nem máquinas modernas seriam capaz de as colocar naquele local.

Para resolver este aparente mistério, precisamos entender que essas pedras não formam a base de Baalbek como é tantas vezes sugerido. Elas não são certamente a fundação, nem constituem uma plataforma, até porque seria muito difícil para uma nave espacial pousar em cima delas, considerando o espaço tão estreito e a verdade é que o propósito para esta plataforma é muito conhecido pelos arqueólogos. Era uma parede de retenção fundamental para reter o solo e teria sido trabalhada pelos gregos devido à importância do anfiteatro que ali construíram. Em seguida, os romanos aperfeiçoaram a técnica. Aliás, esta técnica é frequentemente usada em diversos monumentos.



 No caso de Baalbek, a plataforma foi construída para a direita ao lado de uma enorme colina, então só por isso seria necessário um muro de contenção e se adicionarmos o problema de erosão do solo, até porque este local apresenta este enorme problema, então encontramos razões muito boas para um muro de contenção enorme.

 A questão fundamental permanece no entanto em aberto relativamente ao método para mover e levantar as pedras. Teriam os romanos a tecnologia para mover e levantar essas pedras?

 Tudo que é necessário é apenas saber um pouco de História. Pela mesma altura em que os romanos trabalhavam em Baalbek, estava a ser levado a cabo um enorme projeto arquitetónico em Jerusalém por Herodes o Grande. Herodes, utilizando técnicas romanas construiu o monte do templo para ganhar o favor do seu povo. A nova versão do templo era o dobro do tamanho da original, mas para fazer essa expansão, teve de incorporar parte da colina para o nordeste, o que significava que tinha que construir um muro de contenção a fim de reter a força da terra a fim de construir a plataforma.

 Há uma parte deste muro de contenção ainda hoje de pé, e que contém o segundo maior conjunto de pedras individuais, ao lado de Baalbek. A pedra mais pesada tem 630 toneladas, apenas um pouco mais de 100 toneladas a menos do que a maior pedra de Baalbek e ninguém nega que estas pedras foram cortadas, mudadas e levantadas, utilizando técnicas romanas e locais, não sendo necessária qualquer tecnologia extraterrestre.

 Sabemos que os romanos transportaram obeliscos do Egito para Roma em grande número, e Roma ficava a centenas de quilómetros por terra e mar, enquanto Baalbek ficava a menos de uma milha da pedreira.

Antigos escritos romanos descrevem em detalhes muitas das tecnologias, que permitiam reduzir o esforço necessário para o transporte, tais como guindastes, técnicas de contrapeso simples e a lei da gravidade. Também é útil recordar que a maior pedra jamais movida, foi a Pedra Trovão na Rússia com 1500 toneladas, na década de 1700 não se usando nenhum equipamento moderno.

Os defensores da teoria dos Deuses Astronautas, afirmam categoricamente que Baalbek era conhecido como o local de desembarque e que existe um texto desde os tempos sumérios conhecido como o épico de Gilgamesh que afirma terem-se observado foguetes a descer e subir a partir de Baalbek – O local de desembarque.

 Estas afirmações proferidas por Zacarias Sitchin, são totalmente falsas. Baalbek não era chamado de “local de desembarque” e a Epopéia de Gilgamesh nunca fala de foguetes subindo e descendo. Sitchin  nunca diz ao leitor, onde podem encontrar as afirmações na Epopeia de Gilgamesh, sendo muito difícil de seguir  o seu pensamento, até porque ele não menciona o capítulo e versículo, não refere os números de página ou de linha. Para além de ter cometido enormes erros nas traduções dos textos sumérios. Hoje em dia todas as tábuas sumérias, incluindo os seus próprios dicionários são pesquisáveis ​​on-line. Torna-se dolorosamente óbvio para qualquer um que se preocupa o suficiente para olhar que Sitchin foi na melhor das hipóteses totalmente incompetente como tradutor.

About João Fernandes

Licenciado em Relações Internacionais; Business Manager da Webmind; Blogger e múltiplos interesses nas áreas das ciências, tecnologia, História e política. Trabalha como freelancer em websites e publicidade.

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